ser a pessoa que abre o próprio caminho
a sobrecarga que não percebemos e porque isso te importa
» tempo de leitura: 2 minutos e 53 segundos
» para ler ouvindo: a música do 4:50 do Stromae
« edição anterior: tamanho não é documento
o Novo está sempre acontecendo, em alguma medida. mas no meio de tanta coisa – tantas tarefas, tantas possibilidades – como a gente sabe quando respeitar os nossos impulsos? como confiamos em peitar a nossa necessidade de pausa?
essa newsletter passa por 3 coisas:
o Novo
planos quebrados
a importância de pausar mesmo quando você titubeia e não tem certeza se você está priorizando a coisa certa no momento certo.
o período pré-Carnaval veio e passou;
o dia da mulher veio e passou;
o Carnaval veio e passou.
tantas & várias coisas que eu ‘deveria ter feito’ pro meu negócio – que seriam boas e propícias, que me ajudariam a vender mais e melhor depois – ficaram para trás. eu não fiz o episódio do podcast do mês. não escrevi a newsletter de domingo.
vários planos e ideias foram deixados pelo caminho.
e por mais que eu viva o que eu prego há quase 9 anos de trabalho no digital, ainda assim foi difícil aceitar que eu estaria des-cumprindo essas tarefas.
na hora em que tudo estava acontecendo,
– tudo aqui e agora, ao mesmo tempo –, eu só sabia o que eu não queria, de forma nenhuma: eu não queria trabalhar. esse não era o ideal. não era o planejado.
era o que eu estava sentindo.
era o que as minhas carnes
estavam querendo.
e foi muito contra-intuitivo aceitar o que elas pediam.
corta para hoje: segunda-feira, dia 10, pós-carnaval. o dia do enfrentamento com todos os projetos de trabalho que eu deixei pra trás e pausei. e sabe o que rolou?
eles estão me olhando com olhos de amanhecer. olhos de frescor.
tudo está muito mais simples. e não porque a vida ou o trabalho mudaram drasticamente. e sim porque eu decidi simplificar e abrir mãos de outras opções.
o Novo está sempre se formando,
e eu anotei essas frases e perguntas para sempre me lembrar sempre disso:
o Novo também está inserido no formulário de revisão que as minhas mentoradas recebem duas vezes por mês. eu fiz questão de inserir uma frase que ancorasse essa lembrança e essa certeza para elas também:
eu quero que elas e eu e você sempre nos lembremos que o Novo está sempre aberto para gente. é como se ele fosse uma porta que está sempre ali.
e o melhor de tudo? você não precisa fazer ou ser nada de especial para que o Novo te encontre. ele já está indo te encontrar – isso eu posso te garantir.
✱
mas, ao mesmo tempo, quando muitas abas e preocupações e demandas diferentes estão abertas, às vezes a gente se sobrecarrega sem nem perceber. abrir espaço para o Novo significa, também, ter a responsabilidade de ser – você mesma, você mesmo – a pessoa que abre os próprios caminhos.
dizendo não, se des-compromissando,
incubando ideias, abrindo mão de tarefas e projetos e escolhendo deixar certas coisas caírem pelo caminho. escolher não fazer algumas coisas é uma imensa e enorme abertura de caminhos. se você puder abrir mão de algo: faça isso.
você pode abrir os seus próprios caminhos.
▶︎ abrir, aqui, no sentido literal: expandir, espairecer, deixar mais largo, com mais possibilidades, mais ventilação, menos foco, menos fixação, mais amplo.
eu conheço muitas mulheres que mesmo com recursos e privilégios – esculpidos com as próprias mãos, com muito sacrifício e no silêncio, geralmente – não conseguem viver como se elas de fato pudessem abrir mão das coisas.
por mais dinheiro que tenham, é muito comum a persistência do pensamento produtivo que te diz: ‘eu preciso fazer isso e fazer mais aquilo e mais aquilo’.
por mais contra-intuitivo que seja, eu te peço:
escute os pedidos do seu corpo.
e seja sapiente o suficiente para interferir, com a sua mente, quando o seu corpo estiver repetindo o mesmo padrão automático de produtividade venenosa.
você só precisa abrir os olhos,
porque o Novo já está aí. será que no meio de tantos ‘tenho que’ você tem conseguido escutar & perceber os novos movimentos que se anunciam?
eu espero, do fundo do meu coração, que a resposta seja sim.
✱
PS: o horário de envio da newsletter é domingo às 9h. por motivos maiores, essa edição foi enviada domingo de noite. a frequência de envio da news continuará sendo 2x ao mês – em domingos alternados :)
a sua sobrecarga não se resolve com mais:
ela se resolve com menos.
quando você está no olho no furacão, sobrecarregada e mentalmente cansada, o maior tiro no pé que você pode se dar é “tentar fazer as coisas da melhor forma possível”. complicar o que poderia ser simples nunca ajuda – só atrapalha.
palavra de especialista,
vai por mim ✋🏻🫡
quanto mais básico, melhor. quanto mais gentil, melhor. quanto menor, mais fácil de você sustentar. eu já passei por isso mais vezes do que eu consigo contar. milhares de vezes de em alguns anos. eu sei do poder do minúsculo.
do (como diz uma amiga minha) infra-ordinário.
com essa intenção – bem simples – em mente, eu criei dois materiais que são a luz do fim do túnel de quem já começou y recomeçou a se organizar mil vezes:
▶︎ as Checklists de revisão – diária, semanal e mensal;
▶︎ e o Desafio prático de 6 semanas para se organizar.
ambos materiais estão disponíveis para todos os alunos da Base.
eu não quero só ensinar a teoria: eu quero pegar você na mão e te mostrar como trazer a organização descomplicada & real para a sua vida. para a sua realidade.
começar a se organizar é muito muito simples.
e com esses 18 dias de exercícios práticos, do Desafio, e com as checklists completas de revisão (semanal, mensal e diária), você nunca mais vai ficar na dúvida do que você poderia estar fazendo para organizar a sua vida.
cabeça cheia, oficina do caos
hoje mesmo, enquanto escrevo essa newsletter, eu precisei dar três passos para trás e simplificar o meu dia. todo o meu repertório entra em jogo nesse momento. não é porque eu sei me organizar que significa que a minha vida é estável, perfeita, sem lutas ou ‘tóxica’. eu te escrevo pra te garantir:
você
não
está
sozinha.
vem ser minha aluna e aprender a organização de tempo que deveriam ter te ensinado: ela é muito mais simples do que você imagina. A Base é o curso iniciante completo para quem quer aprender a organizar as suas demandas de forma sustentável – sem abandonar o hábito da organização depois de 1 mês.
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Engraçado como a sobrecarga pega a gente de surpresa mesmo dando vários sinais, né Ana? (na verdade não é engraçaaaado, engraçado, mas talvez seja aquele engraçado que na verdade é meio estranho e até um pouco perturbador :/ )
Tenho visto muito isso na minha rotina ultimamente. Desta vez a sobrecarga veio não por um acúmulo de tarefas ou projetos, mas sim por uma redução gigantesca da minha energia graças ao retorno de questões de saúde mental. É "engraçado" como a gente quer continuar funcionando no nosso ritmo de sempre mesmo que a mente e o corpo praticamente gritam pra gente parar.
Depois de passar mais de duas semanas existindo (e fazendo as coisas que tinha programado) igual a um zumbi, esta semana estou voltando ao básico: priorizando meu sono e descanso (coisas que andam muito, mas muuuito defasadas pelas questões de saúde mental). Parando pra pensar, também é um pouco engraçado (no sentido daquele sorriso meio amarelado carregado da percepção das ironias do Universo que a gente dá ao rir de si mesma) perceber que voltar ao básico não é só vital, mas também um bocado extraordinário :)