tirar os excessos para voar com facilidade
sobre a sobrecarga mental y a correria nativa da vida de uma mulher
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“Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, diz o início de Ana Kariênina. o mesmo é verdade sobre as mulheres, eu diria.
não só no quesito ‘felicidade’ ou ‘infelicidade’, mas também em relação à muitas coisas das suas vidas e das suas rotinas. as mulheres partilham um pressuposto universal – por mais que ele seja diferente para as mulheres que são minorias.
esse pressuposto sendo:
a sobrecarga mental y a correria nativa da vida de uma mulher.
mais de 25 mulheres, entre idas e vindas, ocuparam o círculo íntimo e limitado do meu antro de organização. esse é o nome da mentoria em grupo que eu guio há um ano e meio. em novembro de 2025 ela vai completar dois anos de vida.
são tantas histórias. tantas superações, tantas dores – e eu nunca tenho tempo & espaço o suficiente para contar todas as histórias (das mulheres) que eu gostaria.
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a organização emocional existe
e ela anda junto com a organização do tempo, das ideias, dos recursos e do comportamento. a organização emocional é aprofundada quando estamos em um processo ou em acompanhamento terapêutico, mas ela também se dá muito – profundamente, irreversivelmente – no ato de falar e de ouvir.
independente da sua organização material, descobrir quem você é – se enfrentar – e ter coragem de desafiar o que você achava que você sabia sobre você mesma é sempre o mais desafiador primeiro passo. e vou te dizer… na moral?
essa organização não é bonita.
ela não acontece dentro do tempo y lógica y expectativas que nós, inutilmente, nutrimos. a organização emocional acontece noutro ritmo. e ela envolve olhar e sentir muitas coisas desconfortáveis, difíceis – ela envolve muita confusão.
mas o crescimento que uma mulher tem nesse caminho – mano.
é do c* cair da bunda.
a
é um exímio exemplo do tanto de liberdade e de expansão que um processo de organização interna pode dar. não é fácil – mas é lindo de ver.
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o infra-ordinário é o mais importante de tudo
no meio de tantas ideias, desejos, demandas e problemas – reais ou em potencial –, é muito fácil perder os pés do chão e se deixar levar pelo nosso desejo (muito legítimo, muito louvável) de querer engolir o mundo num gole só.
nós merecemos conquistar tudo o que sonhamos.
nós merecemos viver os nossos sonhos mais loucos.
mas na pressa, no automatismo da nossa “vida normótica” – como diz a Vivian –, a gente se atropela e se cobra e se estressa mais do que já seria o necessário. o primeiro grande ponto do meu trabalho é sempre passar a régua.
destralhar;
diminuir;
cortar;
incubar.
tirar os excessos não para diminuir, mas para voar com mais facilidade.
a informação é muita. as demandas também. a carga de trabalho colocada em cima da mulher, então, nem se fala. a nossa leveza precisa ser conquistada.
a Vivian, há 1 ano e meio na mentoria, poderia dar uma aula incrível falando só dos limites e das re-formulações que ela fez no seu comportamento, na sua rotina e na sua organização. destralhar para expandir – repousar para avançar. ♥︎
estamos isoladas, mas não estamos sozinhas
o que mais me deixa estupefata, estarrecida, é o imenso potencial de cura, de alívio, de solução e de amparo que existe quando um grupo de mulheres – reais, sinceras, sem fachadas – se dispõe a conversar de forma intencional.
eu já perdi a conta da quantidade de mensagens, aulas, desabafos e vitórias incríveis que as meninas da mentoria deram lá dentro – no grupo ou ao vivo.
eu não tenho espaço para contar todos os causos & histórias que eu gostaria, aqui – mas talvez faça uma série no blog sobre isso um dia. a minha pasta de depoimentos e recortes de mensagens salvas não me deixa mentir 😆
ele está explodindo de prints.
conversando com uma amiga querida semana passada (beijo, Bia!), falamos sobre essa tendência atual ao individualismo. falamos do quanto as pessoas, tão mal de cabeça e sem tempo que estão, não tem mais muitas condições de se disponibilizarem para apoiar e ajudar umas às outras.
eu não sei oferecer uma solução para consertar isso, agora.
mas, conversando com a Bia, me lembrei de todas as histórias e casos que eu presenciei no âmago desse grupo de mulheres. a estrada é longa, meus amigos.
os recursos são parcos. as vicissitudes são inúmeras.
. . .
mas a organização é um início possível
acredita em mim: não é fácil guiar uma mentoria de organização em grupo em tempos como esse. eu tenho bastante trabalho pra fazer, acredite.
mas me enche o peito como poucas outras coisas poder contar e compartilhar os avanços e as ideias e o apoio genial que essas mulheres conquistam e se dão.
por causa disso,
eu decidi abrir um segundo grupo de mentoria de organização para mulheres. esse grupo vai começar no dia 1º de julho e vai comigo até o fim de dezembro.
serão 6 meses de acompanhamento;
encontros semanais;
troca & apoio;
e acesso total ao meu acervo de aulas.
se eu fosse você, eu priorizaria dar esse salto. te garanto que você não vai se arrepender 🥹 para realizar a sua entrevista e/ou saber mais sobre a mentoria em grupo, clique aqui – ou me manda um oi direto no whatsapp, se quiser.
eu estou aqui esperando por você ❤️🔥 🫵🏻
vamos conversar? gosto muito de saber o que essa newsletter, por menor que seja, despertou do seu lado aí.